quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A difícil tarefa de produzir leite



Os produtores de leite estão a cada dia buscando novas tecnologias. O principal motivo é aumentar a produção e diminuir custos. Essas técnicas passam desde o melhoramento genético até a gestão da fazenda.

Como discutido no post “Do pasto para a mesa” existem raças bovinas que tem uma maior “vocação” para produzir leite. Dentre elas temos a holandesa (malhada branco e preto, que normalmente é a primeira a vir na cabeça), jersey, gir leiteiro, pardo suíço, girolando, entre outras.

Bom, o primeiro passo para se ter a produção de leite é o alimento da vaca. O que o animal come é o que se transforma em leite. Para isso há a necessidade de ter um bom pasto. O melhor tipo de capim para ter na propriedade depende de fatores como clima, solo e tamanho do rebanho. É importante na hora de formar ou reformar o pasto considerar a fertilidade do solo.

Muitos produtores utilizam ração na alimentação do rebanho, normalmente em sistemas de confinamento e semi-confinamento, embora em alguns casos de produção à pasto essa ração seja colocada nos cochos. É muito importante a suplementação mineral dos animais com sal que há vários tipos disponíveis no mercado.

É comum vermos produtores de leite produzir milho ou sorgo na propriedade para a finalidade da produção de silagem para a alimentação do rebanho. Cana-de-açucar e outras culturas também são utilizadas na alimentação, embora não seja tão comum.

O melhoramento genético é muito importante para a produção leiteira moderna. Há raças bovinas que são mais resistentes ou rústicas, normalmente produzem menos leite. Temos raças também que produzem mais leite, mas são mais susceptíveis à calor, à parasitas e falta de alimento. O trabalho de melhoramento genético busca a melhor aptidão da raça ao clima da região, a parasitas e ao mesmo tempo com uma produção maior. A inseminação artificial é uma ferramenta que ajuda muito esse aspecto.

É muito difícil ordenhar manualmente um rebanho grande, então há máquinas ordenhadeiras que ficam encarregadas desse processo. É importante que a vaca não fique com leite acumulado nos tetos para evitar mastite (“empedramento” do leite). Também é necessário ter um refrigerador para colocar os barris de leite e um bom curral que permite um manejo mais fácil do rebanho.

Olhando pelo ponto de vista gerencial da fazenda, é necessário que o administrador ou proprietário tenha todas as informações relacionadas à sua produção. Quanto custa para produzir o leite, qual o tempo de lactação das vacas, qual a conversão alimentar (quanto o animal come para produzir o leite), além de ter em estoque medicamentos necessários para o rebanho e ter um bom médico veterinário à disposição.

A produção de leite exige muita mão de obra, já que a primeira ordenha é logo cedo, por volta das 4 da manhã. Além disso, é necessário um acompanhamento de perto do rebanho. 

O produtor em São Paulo hoje recebe entre R$0,70 a R$1,00 por litro. Não é muito, então é necessário que o custo de produção seja o mínimo possível.

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