Os produtores de leite estão a cada dia buscando novas
tecnologias. O principal motivo é aumentar a produção e diminuir custos. Essas
técnicas passam desde o melhoramento genético até a gestão da fazenda.
Como discutido no post “Do pasto para a mesa” existem raças bovinas que tem uma maior “vocação” para produzir leite. Dentre elas temos a holandesa (malhada branco e preto, que normalmente é a primeira a vir na cabeça), jersey, gir leiteiro, pardo suíço, girolando, entre outras.
Bom, o primeiro passo para se ter a produção de leite é o
alimento da vaca. O que o animal come é o que se transforma em leite. Para isso
há a necessidade de ter um bom pasto. O melhor tipo de capim para ter na
propriedade depende de fatores como clima, solo e tamanho do rebanho. É importante
na hora de formar ou reformar o pasto considerar a fertilidade do solo.
Muitos produtores utilizam ração na alimentação do rebanho,
normalmente em sistemas de confinamento e semi-confinamento, embora em alguns
casos de produção à pasto essa ração seja colocada nos cochos. É muito
importante a suplementação mineral dos animais com sal que há vários tipos
disponíveis no mercado.
É comum vermos produtores de leite produzir milho ou sorgo na propriedade para a finalidade da produção de silagem para a alimentação do rebanho. Cana-de-açucar e outras culturas também são utilizadas na alimentação, embora não seja tão comum.
O melhoramento genético é muito importante para a produção
leiteira moderna. Há raças bovinas que são mais resistentes ou rústicas,
normalmente produzem menos leite. Temos raças também que produzem mais leite,
mas são mais susceptíveis à calor, à parasitas e falta de alimento. O trabalho
de melhoramento genético busca a melhor aptidão da raça ao clima da região, a
parasitas e ao mesmo tempo com uma produção maior. A inseminação artificial é
uma ferramenta que ajuda muito esse aspecto.
É muito difícil ordenhar manualmente um rebanho grande,
então há máquinas ordenhadeiras que ficam encarregadas desse processo. É importante
que a vaca não fique com leite acumulado nos tetos para evitar mastite (“empedramento”
do leite). Também é necessário ter um refrigerador para colocar os barris de
leite e um bom curral que permite um manejo mais fácil do rebanho.
Olhando pelo ponto de vista gerencial da fazenda, é
necessário que o administrador ou proprietário tenha todas as informações
relacionadas à sua produção. Quanto custa para produzir o leite, qual o tempo
de lactação das vacas, qual a conversão alimentar (quanto o animal come para
produzir o leite), além de ter em estoque medicamentos necessários para o
rebanho e ter um bom médico veterinário à disposição.
A produção de leite exige muita mão de obra, já que a
primeira ordenha é logo cedo, por volta das 4 da manhã. Além disso, é
necessário um acompanhamento de perto do rebanho.
O produtor em São Paulo hoje recebe entre R$0,70 a R$1,00 por litro. Não
é muito, então é necessário que o custo de produção seja o mínimo possível.
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