Todos nós sabemos do uso da água no cotidiano. Usamos para
cozinhar, para higiene pessoal, para limpeza da casa, lavar roupas e etc.
No campo, o uso da água na agricultura é primordial. As
plantas necessitam da água, já que ela participa de toda a fisiologia da planta
especialmente para realizar a fotossíntese e para absorção de nutrientes.
Por causa disso, qualquer escassez de água pode causar uma
queda na produção agrícola. O ser humano conseguiu perceber a importância da
água para as plantas e decidiu utilizar maneiras que não fizessem com que as
plantas dependessem apenas da água das chuvas ou na beira da água para se
desenvolverem. Assim começou o uso da irrigação
Há indícios que a irrigação começou a ser utilizada na
Mesopotâmia cerca de 6000 A.C. nos rios Eufrates e Tigres, assim como no Rio
Nilo, na África. Com o passar do tempo e depois de causar alguns desastres
ambientais o homem desenvolveu várias técnicas que são utilizadas na produção
agrícola hoje.
Cada sistema de irrigação tem suas vantagens e desvantagens
e são utilizadas para melhor atender às necessidades das culturas e do produtor
rural. Vamos falar de alguns dos mais comuns.
A irrigação por inundação ou por superfície é muito utilizada
na produção de arroz, especialmente nos estados do RS e SC. Esse sistema
consiste em, por gravidade, inundar o campo de produção. Apresenta um custo
fixo e operacional baixo e não é necessário o uso de maquinas ou ferramentas
muito complexas. A topografia influi diretamente nesse sistema. Além disso,
apresenta baixa eficiência.
O sistema de irrigação por sulcos consiste na aplicação da água
em sulcos canais ou corrugações. A água infiltra o solo ao longo do perímetro
molhado e se movimenta lateralmente e verticalmente umedecendo o solo. O
tamanho e formato dos sulcos variam de acordo com a cultura e topografia.
Um dos sistemas mais utilizados é o de irrigação por
aspersão, que consiste em lançar jatos de água no ar e caem no solo simulando a
chuva. É um sistema que requer mais mão de obra e tem uso de tubulações e de
bombas. Temos também a micro-aspersão que tem um perímetro irrigado menos que o
convencional, aumentando a eficiência chegando perto de 90%. A micro-aspersão é
muito utilizada em culturas perenes.
O canhão hidráulico realiza a irrigação por aspersão a
grandes distâncias. Basicamente é um canhão que lança a água. Sua eficiência é
diretamente influenciada pelo vento, portanto não é indicada para lugares com
muita incidência de ventos.
O pivô central é muito utilizado, especialmente para
lavouras de milho e feijão. Sua estrutura consiste em uma tubulação metálica
com aspersores em toda sua extensão. Tem torres com rodas autopropelidas que giram
em torno de uma torre central. Ao final tem um canhão hidráulico para irrigar a
beirada da área.
O uso de irrigação por gotejamento é muito interessante
especialmente para produtores de olerícolas, flores e frutas. Esse sistema
consiste em uma tubulação que goteja em determinadas partes, permitindo assim
uma maior eficiência de água.
Além de usar esses sistemas mencionados, os produtores
muitas vezes aproveitam a irrigação para aplicar defensivos agrícolas e
fertilizantes (fertirrigação).
Um projeto de irrigação bem implantado pode trazer bastante
lucro ao produtor, mas se for mal planejado pode causar danos ao meio-ambiente,
além de trazer prejuízos ao produtor que verá seu dinheiro ir água abaixo.
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