sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O uso da irrigação

Todos nós sabemos do uso da água no cotidiano. Usamos para cozinhar, para higiene pessoal, para limpeza da casa, lavar roupas e etc.

No campo, o uso da água na agricultura é primordial. As plantas necessitam da água, já que ela participa de toda a fisiologia da planta especialmente para realizar a fotossíntese e para absorção de nutrientes.

Por causa disso, qualquer escassez de água pode causar uma queda na produção agrícola. O ser humano conseguiu perceber a importância da água para as plantas e decidiu utilizar maneiras que não fizessem com que as plantas dependessem apenas da água das chuvas ou na beira da água para se desenvolverem. Assim começou o uso da irrigação

Há indícios que a irrigação começou a ser utilizada na Mesopotâmia cerca de 6000 A.C. nos rios Eufrates e Tigres, assim como no Rio Nilo, na África. Com o passar do tempo e depois de causar alguns desastres ambientais o homem desenvolveu várias técnicas que são utilizadas na produção agrícola hoje.

Cada sistema de irrigação tem suas vantagens e desvantagens e são utilizadas para melhor atender às necessidades das culturas e do produtor rural. Vamos falar de alguns dos mais comuns.


A irrigação por inundação ou por superfície é muito utilizada na produção de arroz, especialmente nos estados do RS e SC. Esse sistema consiste em, por gravidade, inundar o campo de produção. Apresenta um custo fixo e operacional baixo e não é necessário o uso de maquinas ou ferramentas muito complexas. A topografia influi diretamente nesse sistema. Além disso, apresenta baixa eficiência.
 


O sistema de irrigação por sulcos consiste na aplicação da água em sulcos canais ou corrugações. A água infiltra o solo ao longo do perímetro molhado e se movimenta lateralmente e verticalmente umedecendo o solo. O tamanho e formato dos sulcos variam de acordo com a cultura e topografia.



Um dos sistemas mais utilizados é o de irrigação por aspersão, que consiste em lançar jatos de água no ar e caem no solo simulando a chuva. É um sistema que requer mais mão de obra e tem uso de tubulações e de bombas. Temos também a micro-aspersão que tem um perímetro irrigado menos que o convencional, aumentando a eficiência chegando perto de 90%. A micro-aspersão é muito utilizada em culturas perenes.



O canhão hidráulico realiza a irrigação por aspersão a grandes distâncias. Basicamente é um canhão que lança a água. Sua eficiência é diretamente influenciada pelo vento, portanto não é indicada para lugares com muita incidência de ventos.
 



O pivô central é muito utilizado, especialmente para lavouras de milho e feijão. Sua estrutura consiste em uma tubulação metálica com aspersores em toda sua extensão. Tem torres com rodas autopropelidas que giram em torno de uma torre central. Ao final tem um canhão hidráulico para irrigar a beirada da área.




O uso de irrigação por gotejamento é muito interessante especialmente para produtores de olerícolas, flores e frutas. Esse sistema consiste em uma tubulação que goteja em determinadas partes, permitindo assim uma maior eficiência de água.
 




Além de usar esses sistemas mencionados, os produtores muitas vezes aproveitam a irrigação para aplicar defensivos agrícolas e fertilizantes (fertirrigação).

Um projeto de irrigação bem implantado pode trazer bastante lucro ao produtor, mas se for mal planejado pode causar danos ao meio-ambiente, além de trazer prejuízos ao produtor que verá seu dinheiro ir água abaixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário